Trazida pelos imigrantes alemães, a milenar técnica enxaimel se transformou numa das maiores expressões da cultura desse povo, em grande parte do Vale Europeu. Foi utilizada do século XVI até meados do século passado, quando cessa a imigração e também em razão da Revolução Industrial e das idéias modernistas. No Vale Europeu o enxaimel se desenvolveu em três fases: na primeira fase, a casa era construida com troncos de palmito, cobertura feita com palmácea e piso de chão batido. A construção era provisória e composta de um único cômodo e uma cozinha primitiva anexa. Na segunda fase a casa já possuía peças de madeira falquejadas a machado ou enxó, esteios serrados a mão ou falquejados. As estruturas eram preenchidas com mistura de barro, cupim e estrume de gado, sustentado por uma treliça de madeira, presa entre módulos do esqueleto. As janelas eram duas tábuas. O telhado de acentuada inclinação e cobertura de telhas planas. A terceira fase é o enxaimel propriamente dito. As construções erguidas aqui no Vale Europeu, datadas do século 19, usavam uma técnica peculiar do norte da Alemanha, cujas edificações se caracterizavam pela estrutura de madeira (barrotes fixados entre si, sem pregos nem parafusos, somente com tornos de madeira) e os vãos preenchidos com tijolos e argamassa, em geral, sem reboco, e com seus detalhes decorativos, dão uma ideia do capricho e carinho que os habitantes dedicam ao seu lar. A planta da edificação aceitava variáveis, possuindo um corpo principal com sala e quarto, varanda à frente e cozinha aos fundos. A casa recebia anexos à medida que a família ia crescendo.




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